sexta-feira, 26 de junho de 2009

Um olhar

Perde a inocência da infância
Descobre o amor, e dele faz o
Seu tormento, sem trégua
Sentes medo do amanhã
Mas o que é o amanhã?

Senão o agora
Debate-se entre os lençóis
Ao bater a solidão no peito
Coração apertado, vontade de chorar
Mas o que são as lágirmas,

Senão a esperança de sorrir
amor sentimento que chega
Ser abstrata loucura
De insanos sem medidas
Que faz romper a noite em claro,

No desejo incontrolável de entregar
Que debulha em suspiros e fadiga
Enquanto a aurora se desponta renovando o tormento
Oh! Vida que se mostra tão longa
E no entanto dura tão pouco.
De Marcelia
Para
Reginaldo S. Poso

Cidade que já foi maravilhosa

Ah! cidade maravilhosa que já não és mais
Quando passeávamos de bicicleta
Quando as crianças ainda sorriam
Quando as flores ainda respiravam,

Ah! cidade maravilhosa que já não és mais
Quando os tempos antigos eram saudáveis
Quando ainda existia família
Quando os olhos ainda enxergavam a beleza,

Ah! cidade maravilhosa que já não és mais
Já não és mais apaixonante
Já não nos envolve mais,

Ah! cidade maravilhosa que já não és mais
Mas que um dia já foi
E quem sabe um dia volte a nos abraçar mais e mais.
Do livro: Diferentes poesias colidentes 2
Reginaldo Silva Poso

Saudosa infância

Tempos que não voltam mais
Quando se era feliz, quando a vida ainda sorria
Quando ser feliz era ter um doce, andar descalços, ser criança
Tempos que se foram

Foram para não voltar mais e aqui só nos resta os lamentos
A saudosa infância, infância saudosa
Quando brincávamos nas ruas libertos, livres como pássaros onde a maldade
não existia

Quando subiamos em árvores e nos sentiamos animais
Tempos que não voltam mais
Quando faziamos amigos com facilidade, quando tudo era mais fácil

Onde não existia malicia e sim sinceridades e brincavamos sem pudores
Saudosa infância, infância saudosa
Tempos que se foram e que não voltam jamais.
Do livro: Diferentes poesias colidentes 2
Reginaldo Silva Poso

Perdoai o homem que amaste

Ontem eu a amava, hoje também e o amanhã sempre,
Sei que errei fui até a luxuria dos meus anseios
A carne foi mais forte do que meu amor,

Fui dominado por uma beleza vulgar e barata
A sua minha senhora amanda é mais do que os céus
É a pluma da minha vida, a rosa que almejo, é mais do que eu mereço

Sei que vossa senhoria é digna de uma amor
Sei que é a rainha do sol e da natureza
Sei que todos gostariam de ter o seu amor

Mas alguns privilégios são para poucos
Eu lhe peço dei-me uma chance
De demonstrar que o amor só pode ser vivenciado lindamente

Sou a raiz de sua flor preciso de seu amor,
Quero almejar a sua flor fazê-la dar frutos
De alegria e de carinho para comigo e a todos que a amam.

Estou aqui implorando a única chance de demonstrar
Que mais do que amor eu entrego a minha vida em suas mãos
Faça de mim seu amado.

Esperarei o quanto for preciso para que vossa senhoria me perdoe
E possa-me amar da maneira que eu mereça
Esperarei até mesmo nos céus de sua religião

Quem sabe assim se a senhoria não puder me perdoar
Seu Deus me perdoe
Quero que saiba que a amo e quando a senhoria voltar ficarei

Extasiado de alegria, e mais do que isso, louco serei quando souber
Que vossa senhoria cristalinamente e celestialmente
Perdou o homem que tanto amaste.
Do livro: Diferentes poesias colidentes 1
Reginaldo Silva Poso

Sem título

Hoje sete de março, diante deste sol
Presentei-o-me. Com destino a felicidade,
Aos poucos vou despedindo-me de Dorsoduro,

Da janela que não poderei mais ver barquinhos
Do quarto, da cama e das paredes que me
Guardaram, a mim e aos meus segredos,

Felicidade, hoje eu sou e nela
Ei de começar a viver,
Despeço-me de todos e de tudo

De papai de mamãe e dos irmãos que não tive
A data não poderia ser melhor
Todos estão felizes, e viveram felizes,

Hoje sou eu, hoje eu serei feliz
Passo a corda pela madeira que reveste o teto
Com ela faço um nó bem apertado para que não haja erro,

Com a cadeira, vejo pela janela
A ponte, ponte Rialto a minha espera
Não sei se estava preparado.

E mesmo que não estivesse
Morreria do mesmo jeito
Mamãe sobe as escadas cantando

Entra no quarto cantando canta e mais canta
E com seu grito assusta-me
E caio da cadeira enforcando-me

E antes de partir para a felicidade
Seu canto era substituído
Pelo canto do seu choro, que

Levou-me para a escuridão, sentindo-me
Culpado não só pela minha morte, mas
Com as deles também.
07-03-1820

Heterônimo Emiliano Costa
Do livro: Poesias do meu Eu

Sem Título

Natureza que me veste de amor
Calor e flor. Passeio e encontro
Sabores.

Em suas ruas sinto o tudo
A mescla de sabores
Do café, dos brioches, das confeitarias

Mais gostoso é comer
Ao lado de quem amamos.
Quem ama acolhe

Paris, minha mãe, meu pai
Minha família, minha casa
Doce Paris, berço em que nasci

Seu vinho, seus retratos,
Sua mescla de querer e o não ter
Me encanta me hipnotiza.

Absorve-me e deleito sobre
Esta deliciosa confusão.
Do livro: Paris e Eu
Heterônimo Devon Clemo

Um gole de chá

Esculpo minha tarde a chá
Com biscoito melhor ficará
Para conversar, sei que Deus há de me guardar,

A tarde leve, desaba como pluma sobre o ar

Simples minha casinha esta
Os raios de sol levam a iluminar
Com eles, os anjos vieram cantar

Quero beber do seu chá
Biscoito na mesa, nunca faltará
A sua áurea nos iluminará

Suas vozes são como melodia, veio me encantar

Venha conosco pro céu
Onde é o seu lugar
Lá, você merece repousar

Ao balançar nossas assas
Com Deus tomaremos chá
E com um novo gole tudo renovará

É certo que com Deus, todos merecemos morar.
Do livro: Sem compromissos
Reginaldo Silva Poso

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