domingo, 6 de junho de 2010

MEDUSA

Tinha eu um dia o medo

De morrer.

Por quaisquer mãos.

Mas não pelos olhos

Que transformar-me-iam

Em peça preciosa.

Górgona, mulher forte

E impossível, não existe,

E ainda esta para nascer

O homem que me

Conquistará com um olhar.

Oh! Medusa de beleza horrenda

Não serei eu a ser mais uma obra

De arte sua.

Mas um dia ei de nascer semi-Deus

Para sua cabeça arrancar, não de inveja

Mas de tranças invejáveis.



Reginaldo Silva Poso

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