segunda-feira, 13 de julho de 2009

A sabedoria condena e a ignorância liberta

Sou uma prostituta exclusiva dele, mas ele não me impede de trabalhar, tenho que ganhar meu próprio dinheiro também. Não tive outra escolha, dizem que sempre temos mais do que uma opção. Não discordo. Eu tinha duas. Morrer ou viver. Secar de fome e não ter nem a onde dormir e passar frio e drogar-se até meus miolos ferverem e tornar-me um viciado cretino sem eira nem beira. Ou vender-me e guardar o dinheiro da prostituição para melhorar de vida mais tarde.
Dessas duas opções eu escolhi viver, mesmo que tivesse que transar com homens, brancos, negros, morenos, gordos, magros pobres, ricos sujos ou limpos, mas estava na cama com eles por que eu quis e não por que eu era obrigado como muitas vezes aconteceu comigo desde menino. Nenhuma dor é maior do que as que eu senti meu próprio pai violentando-me, machucando meu coração que sangrou de mais por muito tempo, Deus me perdoe, mas é assim que eu quero viver da prostituição que só a mim, faz mal.
Os dias foram passando o passado era realmente um corpo morto que enterrei. Eu quero mais é viver. Na noite em que comemorei meu aniversário foi tudo muito bom, bebidas a vontade, música e homens bonitos, não foi nada libertino, mas com certeza os filhos de Deus jogar-nos-iam pedras, como sou filho do mundo, não tenho a consciência pesada e sim livre. A sabedoria nos condena e a ignorância nos liberta. Não pensei duas vezes e fiz um bis, dei mais uma festa que foi um show.
Página 28
Pequeno fragmento do livro: A sabedoria condena e a ignorância liberta
Leônidas Suzantchis
Heterônimo de Reberth Silppo

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