domingo, 5 de julho de 2009

Ápiro

-Bom vamos começar a escrever. Saio de casa quase todos os dias, vou para o meu encontro com as palavras. Ando de forma lentamente consigo assim ver tudo que durante dezoito anos não via, meus vizinhos, as árvores deixando suas folhas caírem vagarosamente ao chão. As pétalas das rosas exalando seus perfumes e as flores desabrochando de maneira jamais admiradas pelos meus olhos. E descubro como é suficiente ter pouco para ser feliz, ando e ao andar ouso risadas das crianças, os casais fazendo planos futuros e os velhinhos de mãos dadas sorrindo e lembrando da infância. Olho para o chão com o cair de uma flor eu presencio uma morte, uma formiga se afogando em uma gota de água. Como pode o mundo ser tão grande para alguns e para outros pequeno.
Página 101
Fragmento do livro: Ápiro
Reberth Silppo

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