Cai num profundo obscuro adeus
E só cai... cai... e cai...
A única certeza que havia
É que eu não voltaria.
Nessa súbita razão vivi
Em desarmonia em tudo
Que via, fazia, bebia e respiraria.
Meus sentidos não mais distinguiam
Se era noite ou dia, minhas pernas
Não se moviam nem mesmo minha
Vida parecia viva.
Que partida mais sombria
Que sombria partida era aquela
Em que eu vivia.
Oh! Lamentos meus, teus, seus ou nossos
Quando é que o homem deixará de sobreviver
Para então viver.
Reginaldo Silva Poso