O CANTO DA SEREIA

Canto para encantar

Todos aqueles que se

Deixam naufragar,

Dos marinheiros já cansei de afogar.

O próximo que deixará se levar

Pelo balanço das minhas caldas

Esta por chegar,

Estou aqui nas profundezas

A chorar, são as minhas

Lagrimas que preenche esse mar,

Mas graças aos Deuses você

Veio me salvar.

Afunda-se, atire-se ao mar

Para assim se realizar.

Encantou-se de emoção

Encantou-se de motivação

Encantou-se de coração

Entrega-me sua mão

Por que nas dunas à beira-mar

Minhas melodias são desilusão.

Reginaldo Silva Poso

CIGANINHA

Minha áurea é cigana

Minha sina é vagar

Para em nenhum lugar chegar,

Talvez com você trombar

E me interrogar.

Eu linda, envolvente e

Inteligente, trago-o

Para o meu mundo,

Leio sua mão, sua dita

E desdita, mas nada os

Satisfazem se não as cartas

Em mãos, dizendo quando seus

Braços uma jovem donzela

Cairá de tesão.

Ninguém me engana

Sou cigana, também

Sou mulher, perfume

Pura satisfação.

Depois de me conhecer

A única mulher que poderá

lhe oferecer prazer .

Reginaldo Silva Poso

O AMOR É PARA TODOS

O amor deve ser plural, jamais singular;

O amor deve ser analítico, jamais sintético;

O amor deve ser multiplicado, jamais subtraído;

O amor deve ser fogo, jamais água;

O amor deve ser colorido, jamais preto e branco;

O amor deve ser semântico, jamais abstrato;

O amor deve ser explorado, jamais inibido;

Não importa a forma como ou quantos se amam, simplesmente ame, para ser amado!

Reginaldo Silva Poso

ESPELHO ESPELHO MEU

Dizem que para sabermos como realmente somos,

 devemos nos olhar em um espelho.

Dizem que o reflexo da nossa alma nem sempre reflete de forma amiga,

E mesmo que a verdade venha átona como um dilúvio, sempre

Podemos burlar quaisquer olhos com um pouco de delineador, blanchet e batom.

Reginaldo Silva Poso

BRINCADEIRA

É na brincadeira

De se seduzir que se é seduzido.

Assim brinca o cabaret.

Brinca de se esconder de se achar,

De se despir e de seduzir.

E nessa súbita brincadeira

Deixamos nos envolver pelo

Descontrolável desejo do desconhecido.

Reginaldo Silva Poso